Uma pesquisa identificou quais foram as promessas que as pessoas mais fazem no início do ano:

  1. vou poupar mais dinheiro;
  2. vou emagrecer ou fazer mais atividade física;
  3. vou estudar mais (exemplo: iniciar um curso, faculdade, etc)
  4. vou trocar de emprego (exemplo: passar no concurso público)
  5. vou conseguir dinheiro para comprar um carro, casa, viajar, abrir um negócio, trocar de eletrodoméstico, eletrônico, etc;
  6. vou parar de fumar ou beber;

Sempre fazem esse tipo de pesquisa e as promessas continuam as mesmas. Muito do que é prometido, desejado ou planejado no início do ano acaba não sendo cumprido. As mesmas expectativas são repassadas para o ano seguinte, ano após ano. (fonte).

Curioso é perceber que a causa do insucesso é sempre a mesma. O que impede uma pessoa de poupar dinheiro é o que a impede de perder peso, fazer exercícios físicos ou estudar mais. A força que impede a pessoa de se livrar de maus hábitos financeiros é a mesma que a impede de se livrar de vícios ou cultivar bons hábitos.

Estamos falando da mesma força que resiste a todo tipo de mudança. Só que as pessoas não percebem que a origem de todos esses problemas é a mesma. Elas perdem tempo e energia acreditando que a origem desses problemas é externa, quando na verdade é interna.

Buscamos soluções em alguma coisa que ainda NÃO TEMOS, mas a solução está em alguma coisa que ainda NÃO SOMOS.

A pessoa que não consegue poupar e investir dificilmente assume que falta conhecimento, força de vontade, organização, planejamento, determinação, paciência e persistência para poupar regularmente durante o ano inteiro.

É mais fácil acreditar que o salário é pequeno, o custo de vida é alto, o capitalismo é selvagem, o banqueiro é ganancioso, a rentabilidade do investimento é pequena, a sorte não ajuda e os governantes precisam fazer alguma coisa. É claro que essas coisas dificultam, mas não podemos negar que mesmo diante dessas dificuldades existem pessoas que superam tudo isso.

O mesmo raciocínio vale para os cuidados com a nossa saúde. Não temos conhecimento, força de vontade, organização, planejamento, determinação, paciência e persistência para reduzir nosso peso, fazer mais atividade física, adotar uma alimentação saudável e eliminar vícios como o fumo, álcool, etc.

É mais fácil colocar a culpa na falta de tempo, excesso de trabalho e estresse para justificar a compulsão por alimentos, fumo, álcool e outros vícios e hábitos que prejudicam a saúde. Nesse caso, mais fácil ainda é negar que temos hábitos e vícios que prejudicam nossa saúde, especialmente quando ainda somos jovens e não sentimos o peso de vários anos de uma saúde negligenciada.

Para dominar uma nova língua, estudar sobre investimentos, estudar para um concurso público, fazer cursos e melhorar nossa qualificação para buscar oportunidades melhores é necessário ter força de vontade, organização, planejamento, determinação, paciência e persistência para estudar e tomar decisões.

É mais fácil acreditar que precisamos de dinheiro, tempo, sorte, bolsa de estudos, apoio da família, do governo, dos amigos, de Deus e de todos para que possamos fazer aquilo que só nós podemos realmente fazer que é sentar na cadeira e estudar para aprender e crescer.

Falta de dinheiro, falta de tempo, falta de ajuda externa e condições propícias costumam ser ótimos motivos para tirar a responsabilidade que temos com relação a nossa falta de conhecimento, força de vontade, organização, planejamento, determinação, paciência e persistência.

O que falta não tem relação com algo que você não tem. O que falta tem relação com algo que você ainda não é.

Perdas motivam mais

Na Universidade de Warwick existe um pesquisador chamado John Michael que estuda fatores que levam as pessoas a fazerem e manterem compromissos. São os mesmos compromissos que ficamos conosco, muitas vezes em segredo, no início de todos os anos.

Ele descobriu que existem evidências de que as pessoas são guiadas pela aversão à perda. Isso significa que a maioria se sente mais motivada a atingir um objetivo firmado em um compromisso quando estão conscientes de que vão perder alguma coisa.

Agimos mais para não perder algo do que para ganhar algo. Eu utilizo isso no trabalho que realizo aqui no Clube dos Poupadores.

Exemplo: quando você adquire a minha série de livros (ebooks) sobre educação financeira recebe de presente um ebook chamado “Aposentadoria em perigo”. Nesse pequeno livro eu mostro, de forma detalhada, tudo que você já perdeu e ainda vai perder se não começar a planejar a sua aposentadoria nesse exato momento.

Eu apresento e provo que se você depender apenas da previdência pública, fundos de pensão e previdência privada para ter um futuro estável na sua aposentadoria, provavelmente você terá sérios problemas.

Para ter uma vida financeira cheia de problemas no futuro, você não precisa fazer nada. Ela já está garantida. Para ter um futuro melhor, você precisa começar a agir agora.

As pesquisas John Michael mostram que somos mais motivados a nos recuperar das perdas do que somos para ganhar alguma coisa.

Por isso, você deve iniciar seu planejamento pensando naquilo que você já perdeu no passado e no presente por não ter tomado essa decisão antes. Também deve imaginar o que perderá se não tomar essa decisão imediatamente.

Exemplo: como seria sua vida financeira hoje se você tivesse poupado e investido uma parte dos seus recursos logo no início da sua carreira profissional? O que você já perdeu? O que perde hoje por ter adiado essa decisão e quanto ainda vai perder no futuro?

O mesmo vale para as decisões envolvido a sua saúde. Quanto de saúde você já perdeu se alimentando mal ou de forma exagerada e desregrada? Quantas perdas você terá no futuro se continuar seguindo esse estilo de vida? Quantos anos de vida você já perdeu? Quantos anos podem ser recuperados se você começar a agir ainda nesse ano?

Quantas oportunidades profissionais você já perdeu na sua vida, quantas está perdendo agora e quantas ainda vai perder no futuro por não ter dedicado o tempo que deveria lendo um determinado livro, concluindo um curso, dominando uma língua, estudando para um concurso ou tomando uma decisão que foi adiada? Quanto você já perdeu e vai continuar perdendo?

Encare a sua decisão como sendo aquela que irá recuperar aquilo que você já perdeu por ter adiado a execução das suas decisões nos últimos anos.

Imaginar aquilo que você perdeu e que precisa ser recuperado tende a ser mais estimulante do que imaginar a possibilidade de ganhar algo.

Perdas dos outros motivam mais

Você se sentirá mais motivado a atingir os seus objetivos se perceber que o seu fracasso produzirá perdas na vida de outras pessoas.

Na maioria das vezes olhamos apenas para o nosso próprio umbigo. Não percebemos que o sucesso dos nossos objetivos pode beneficiar outras pessoas como nossa esposa, marido, filhos, parentes, amigos, colegas de trabalho e toda a sociedade.

Isso também ocorre com o nosso fracasso. Não cuidar da sua saúde pode gerar doenças e antecipar a sua partida. Isso vai prejudicar o seu cônjuge, filhos, familiares, amigos, colegas de trabalho, comunidade, etc.

Não cuidar do seu equilíbrio e prosperidade financeira limita a sua vida e a vida da sua família. É necessário ter dinheiro para pagar boas escolas para os seus filhos. É necessário ter algum dinheiro para oferecer uma vida saudável, acesso a bons médicos, tratamentos, conforto e segurança. Até para ajudar outras pessoas é importante que você tenha o bastante para compartilhar.

Não se desenvolver intelectualmente e profissionalmente também limita sua capacidade de impactar a vida das pessoas positivamente. Imagine como sua vida seria prejudicada se as pessoas do passado não tivessem dedicado muitos anos desenvolvendo todas as tecnologias que você utiliza hoje na sua casa e no seu trabalho.

O que mais me motiva a produzir conteúdo gratuito para o Clube dos Poupadores é imaginar o número de pessoas que seriam prejudicadas se só existissem sites de banco, corretoras e de educadores financeiros patrocinados por essas instituições produzindo conteúdo sobre finanças na internet.

As pesquisas mostram que nós temos mais disposição em cumprir nossos objetivos estabelecidos no início do ano quando conseguimos enxergar isso como algo importante para outras pessoas.

Quando somos os únicos beneficiados a motivação será pequena. Quando o seu sonho só ajuda você mesmo, a chance de desistir será maior.

Você precisa enxergar o que vai fazer como algo importante para as outras pessoas. Você precisa ter a certeza que “o bem-estar da vida dos outros está em jogo” se você falhar.

Pagar adiantado

A pesquisa do Dr. Michael mostrou que nos comprometemos mais quando pagamos para ver, ou seja, quando corremos o risco de perde tempo e dinheiro que investimos em algo se nosso compromisso não for cumprido.

O compromisso fica maior ainda quando percebemos que alguém também gastou tempo e dinheiro para que possamos fazer algo. Isso potencializa nossa força de vontade para atingir nosso objetivo.

Exemplo:

Se você receber a oportunidade para fazer um curso gratuito que vai te ajudar a atingir o seu objetivo, a possibilidade de você desistir do curso e do objetivo será muito grande. Se você pagar caro por esse mesmo curso, a possibilidade de você ir até o fim será muito maior. Quanto mais caro for o curso, maior o seu comprometimento, pois maiores serão as perdas diante da desistência. É por isso que temos mais facilidade para desistir de ler um livro que vai nos ajudar do que desistir de fazer um curso (bem mais caro) que vai nos ajudar da mesma forma.

Vou mostrar outro bom exemplo:

O seu pai e a sua mãe investiram o tempo deles, uma boa parte da vida deles e muito dinheiro para ajudar você a atingir a vida adulta sendo aquilo que você é hoje. O simples fato deles terem tomado a decisão de ter filhos já sinaliza que eles apostaram no seu sucesso.

Se você fracassar nos vários aspectos da sua vida isso também será um fracasso para os seus pais, pois eles investiram uma boa parte da vida deles para ajudar você a construir a sua vida. Se você ainda não tem filhos, quanto tiver entenderá melhor isso que estou falando.

Alguns povos alimentam a cultura do respeito e gratidão pelos antepassados. Se estou aqui escrevendo esse artigo livremente eu devo isso a pessoas que morreram no passado defendendo a liberdade que tenho hoje. Muitos livros que encontramos nas livrarias só estão ali graças aos sacrifícios de muitos.

A própria vida investe recursos para a manutenção da nossa própria vida. Não estamos vivemos gratuitamente. A nossa existência consome recursos naturais, tempo e energia da vida. Não deixar bons frutos após passar pela vida consumindo esses recursos seria uma frustração para a própria vida que investiu em nós.

As pesquisas do Dr. Michael sugerem que as pessoas podem ficar mais motivadas a continuar uma tarefa difícil ou chata quando alguém mais investiu esforço nisso. O problema é que dificilmente estamos preparados para ter essa percepção ampla da realidade.

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