Os investimentos relacionados ao mercado imobiliário se beneficiam quando os juros estão em queda ou em níveis historicamente baixos. Quando os juros estão elevados ou em um ciclo de alta, ocorre o contrário.
No caso dos fundos imobiliários, esse comportamento é bem evidente.
O gráfico acima mostra o comportamento do fundo imobiliário FXX11 (Fator IFIX FII). Esse fundo investe em cotas de outros fundos com o objetivo de replicar a carteira teórica do IFIX que é um Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários que tem por objetivo medir a performance dos fundos imobiliários listados para negociação na bolsa de valores.
O gráfico mostra o desempenho do mercado de fundos imobiliários entre junho de 2014 e fevereiro de 2018. Nesse período foi possível observar a relação inversa entre o ciclo de alta da taxa Selic e queda no preço das cotas dos fundos e o ciclo de baixa da Selic que provocou a valorização das cotas dos fundos. Praticamente todos os fundos imobiliários sofrem o impacto da alta ou queda da taxa Selic.
Os fundos de investimento imobiliário (FII) são fundos que investem o dinheiro dos cotistas em ativos do setor imobiliário. Esses ativos podem ser imóveis de verdade como salas comerciais, andares ou prédios inteiros, lojas, shoppings e galpões que são alugados para gerar renda que será distribuída entre as pessoas que compraram cotas do fundo. Os fundos imobiliários também podem investir em outros fundos imobiliários (fundos de fundos) ou títulos de renda fixa como LCI e CRI.
Os fundos imobiliários distribuem parte do lucro líquido desses aluguéis, na forma de proventos, para aqueles que compram suas cotas.
Existem fundos que pagam esses proventos de forma consistente, todos os meses, como se fosse uma fonte de renda passiva. É por esse motivo que a queda da taxa Selic beneficia os fundos imobiliários. Quando a taxa Selic está muito baixa, a renda mensal de alguns fundos se torna mais atrativa.
Quando a economia está aquecida a população, empresas e governos demandam mais produtos e serviços. Para atender esse aumento da demanda as empresas investem, abrem novos escritórios, inauguram novas lojas e novos galpões para armazenar e produzir seus produtos. Tudo isso aumenta a demanda pelos imóveis que são de propriedade dos inúmeros fundos imobiliários que existem no Brasil.
Como você poderá ver no próximo gráfico, bastou o fim do ciclo de alta dos juros em 2016 para que o preço das cotas dos fundos imobiliários e das ações das empresas iniciassem seu ciclo de valorização. O investidor atento entende que a renda variável tende a oferecer bom desempenho diante do ciclo de queda dos juros. Com mais gente querendo comprar os fundos e menos querendo vender, os preços tendem a subir. A linha azul do gráfico abaixo representa as alterações na meta da taxa Selic que o Banco Central vem promovendo desde 2014. A linha vermelha mostra o índice que mede o desempenho das ações da bolsa de valores. A área verde mostra o índice que mede o desempenho dos fundos imobiliários.
A Economatica publicou um estudo mostrando os fundos imobiliários com maior desempenho nos últimos 12 meses (figura abaixo) que nos dá uma ideia do que aconteceu com esse mercado em 2017.
É claro que você não deve considerar essa lista como sendo uma recomendação de investimentos, pois a valorização passada desses fundos não representa garantia nenhuma de que terão valorização futura replicando o desempenho anterior.
Na tabela abaixo, eles listaram os 20 fundos com melhor desempenho nos últimos 12 meses até 28 de fevereiro de 2018. As séries históricas são ajustadas por proventos (fonte). Podemos ver que o retorno, somente nos primeiros meses de 2018, foram bem expressivos.
Eles também publicaram uma lista de 11 fundos que tiveram Dividend Yield superior a 10% em
12 meses anteriores a 28 de fevereiro de 2018.
Além dos ganhos de capital que o investidor pode ter comprando e vendendo as cotas dos seus fundos, seguindo o mesmo processo que utilizamos para comprar e vender ações na bolsa, também é possível ter rendimentos regulares ou até mensais.
Diversos fundos que possuem imóveis alugados em setores como lojas comerciais, shopping, educacional, logístico, hospitalar, agências bancárias, hotéis, etc, pagam uma renda passiva chamada Dividend Yield de forma regular, totalmente isenta de imposto de renda.
O Dividend Yield nada mais é do que a taxa de retorno que um investidor teve, na forma de rendimentos ou proventos, em relação ao preço de cada cota do fundo imobiliário.
Vamos imaginar que você comprou a cota de um fundo X que custou R$ 100,00. Cada cota do fundo gera um rendimento mensal de R$ 0,90. Você também comprou uma cota do fundo Y por R$ 50,00. Esse fundo tende R$ 0,50 por mês por cota.
Podemos dizer que o fundo X tem Dividend Yield de 0,9% já que (0,9/100) = 0,009 ou 0,9%. O fundo Y tem Dividend Yield de 1% já que (0,5/50) = 0,01 ou 1%.
Podemos dizer que o investimento no fundo Y oferece melhor retorno já que o investimento foi de R$ 50,00 e o retorno mensal é de 1% (R$ 0,50) por cota. Como o preço da cota do fundo flutua para cima e para baixo (como ocorre com as ações) a taxa de retorno de cada investidor (Dividend Yield) depende do preço que ele pagou por suas cotas. Quem comprou cotas quando os preços estavam baixos, terá uma taxa de retorno maior. Se o preço dessa cota de R$ 50,00 subir para R$ 100,00 e retorno continuar de R$ 0,50 por cota teremos uma avaliação diferente com relação ao percentual de retorno.
Observe na tabela acima que alguns fundos pagaram 14% de Dividend Yield.
É claro que os fundos que apresentam Dividend Yield maiores atraem mais investidores. O preço da cota desses fundos reflete essa maior demanda.
É importante estudar cada fundo para compreender por qual motivo ele ofereceu um bom rendimento nos últimos meses e se existem indícios de que esse desempenho e regularidade continuará no futuro.
Outro dado interessante do relatório é a tabela dos melhores por P/VPA. Esse é um dos indicadores financeiros mais utilizados pelos investidores. Ele mostra o resultado da divisão entre o preço da cota e o Valor Patrimonial por cota. Indica quanto os investidores estão dispostos a pagar, naquele momento, pelo Patrimônio Líquido do fundo.
O valor patrimonial é calculado ao dividir o patrimônio líquido pela quantidade de cotas do fundo. Vamos imaginar que a cota do fundo está sendo negociada por R$ 30 e o valor patrimonial por cota é R$ 40. Ao calcular P/VPA iremos dividir 30 por 40 e teremos 0,75.
Podemos afirmar que a cota deste fundo está sendo negociada com um “desconto patrimonial” de 25%. Agora vamos imaginar que o preço é R$ 50 e o valor patrimonial é de R$ 38. Dividindo 50 por 38, temos 1,31. Podemos dizer que existe ágio sobre o patrimônio.
Teoricamente, se esse fosse o único indicador importante, seria possível dizer que o primeiro exemplo oferece uma margem de segurança maior para o investidor, afinal de contas o patrimônio que a sua cota representa vale mais do que o preço que estão cobrando por ela.
Quando o P/VPA é menor que 1, significa que a cota do fundo tem preço negociado abaixo do valor patrimonial. Pode representar uma oportunidade, embora seja necessário avaliar outros fatores que justifiquem ou confirmem essa oportunidade.
Devemos considerar que o valor do patrimônio dos fundos imobiliários é medido com base em estudos e pesquisas imobiliárias através de avaliações semestrais.
O preço dos imóveis pode sofrer variações com base em inúmeros fatores. Nem sempre a avaliação retrata com clareza aquilo que seria possível conseguir se o imóvel fosse vendido hoje. Um imóvel pode ser avaliado por R$ 50 milhões, com base nas avaliações contratadas pelo gestor do fundo hoje, mas isso não significa que na prática seria possível encontrar alguém disposto a pagar esse valor se o imóvel estivesse à venda.
Na tabela acima é possível observar claramente que em 2015 e 2016, quando o país enfrentava o momento mais crítico de uma crise econômica, os P/VPA dos fundos listados na tabela estavam abaixo de 1 e isso mostrava ao investidor que os preços das cotas estavam com desconto, ou seja, o preço cobrado por cota era menor do que o valor do patrimônio do fundo.
Grandes investidores sempre contrataram serviços caros que fornecem acesso a banco de dados, históricos, análises e relatórios como esses que mostrei aqui no artigo. Para o pequeno investidor sobra uma grande quantidade de informações espalhadas por todos os lugares.
Recentemente eu assinei um site que fornece muitos dados sobre fundos imobiliários, voltado para o pequeno investidor, esse aqui. Ele deve me ajudar a escrever futuros artigos sobre fundos imobiliários aqui no Clube dos Poupadores. Eles oferecem planos gratuitos e planos pagos através de mensalidades acessíveis.
Nos próximos artigos vou compartilhar uma planilha que eu desenvolvi para estudar o comportamento dos preços dos fundos imobiliários utilizando um outro serviço. Ela facilitou meus estudos sobre o comportamento dos preços das cotas dos fundos no decorrer do tempo.
É sempre bom lembrar que como educador financeiro, a legislação não me permite fazer recomendações sobre fundos imobiliários específicos, ações e debêntures específicas. Somente os “Analista de Valores Mobiliários” podem recomendar ativos específicos. O problema é que a maioria deles trabalha para bancos e corretoras e não para as pessoas que vão receber suas recomendações.
Isso dificulta um pouco a escrita de artigos com exemplos reais (como costumo fazer com a renda variável). As tabelas apresentadas aqui foram exibidas em relatório gratuito (fonte) produzido para a imprensa, com caráter informativo e não como uma recomendação de investimento.
Por fim, instalei um novo sistema de “área de comentários” aqui no Clube. Estamos perto de ultrapassar 41 mil comentários respondidos. Na semana passada os comentários ficaram desligados enquanto estudava uma solução. O crescimento do site vem exigindo mais investimentos na sua estrutura, mesmo assim foi necessário limitar os comentários em 400 caracteres neste novo sistema.
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Excelente artigo, como de costume. Olhando para o passado, quem comprou FIIs no “fundo do poço” hoje está rindo à toa. Podem existir ainda bons ganhos de valorização à frente, mas prever o futuro sempre é difícil.
(continuando)
Uma estratégia que eu adoto é o “preço médio”: investir regularmente o mesmo valor em R$ dividido em três categorias, renda fixa, ETF e FII; dessa forma, se um ativo está mais caro eu compro proporcionalmente menos unidades deste, e mais daquele que está mais barato.
(ps: o limite de 400 caracteres para comentários está um pouco pequeno na minha opinião)
É uma boa estratégia junto com o balanceamento. Sobre o limite, todos os comentários são lidos por mim. Existem muitos artigos no Clube que ultrapassam com mais de 200, alguns passam de 500 comentários. Mesmo com a limitação, uma artigo com 200 comentários teria umas 25 páginas A4 (se fossem impresso). Seria como um livro de 50 páginas A5. Ler e responder comentários exige um tempo que poderia ser usado para escrever novos artigos. A limitação me ajuda a ter mais tempo para escrever novos conteúdos.
Faz sentido! (e sim, eu noto que vc é muito atencioso com os comentários aqui, nota 10)
Parabéns pelo Artigo Leandro. Muito esclarecedor!! Tenho dúvidas se agora é um bom momento para entrar nos FII, já que eles tiveram uma alta expressiva e que a tendencia pra o próximo ano é termos uma alta na Selic. Seguindo seu raciocínio e a relação Selic – alta-baixa dos FII, penso que os FII podem ter uma queda em um curto prazo e ai sim seria mais interessante entrar no negócio. Uma dificuldade que tenho é justamente qual fundo escolher. Há uma variedade muito grande de FII e ainda não consigo avaliar a relação risco-retorno. Gosto muito das suas análises! Um grande abraço.
Oi Wagner, alguns investimentos exigem uma dedicação maior aos estudos. A pior opção é sempre esperar que alguém diga o que você deve fazer com o seu dinheiro ou onde deve investir. Quando a taxa Selic estava 14,25% ninguém queria comprar fundos imobiliários, todos estavam querendo vender para comprar títulos pós-fixados, LCI e LCA. Cheguei a escrever um artigo recomendando um curso, mas poucos deram atenção. Acho que sempre é um bom momento para estudar.
Obrigado por mais um ótimo artigo Leandro.
Por gentileza, uma dúvida. Estou juntando dinheiro, para num médio prazo (3 a 4 anos) estar comprando um terreno e após iniciar a construção da casa. Pretendo financiar, a principio na caixa, dar de entrada esse valor acumulado até lá. Por fim, a minha dúvida é, vale a pena hoje em dia investir no Tesouro Direto, mais precisamente Tesouro Prefixado 2021 (rentabilidade liquida 6,28 %) onde eu teria um ganho satisfatório, até esse médio prazo que desejo ou você aconselharia outros tipos de investimento, como fundos imobiliários e/ou outros tipos? Abs!
Oi Guilherme. O fundo imobiliário é um investimento de renda variável. Isso significa que é impossível saber o preço da cota em 2021. Assim como ocorre com o preço das ações, o preço das cotas dos fundos pode variar muito e existe sempre o risco do preço da cota estar menor do que o preço que você pagou no passado. O mesmo não ocorreria com um Tesouro Prefixado se você esperar até o vencimento (2021). O que posso recomendar é que você estude primeiro o funcionamento desses investimentos. Essa é a parte mais importante antes de investir.
Não sou muito entendida, comecei a investir a pouco, e sou meio medrosa então só estou em renda fixa, mas você poderia ver a opção de pegar um CDB com vencimento em 3 anos, e com taxa de 145% do CDI, muito maior que o tesouro, e com garantia do fundo garantidor- ou seja, sem risco pra você, dê uma pesquisada sobre o tema!
Mais um artigo com excelentes dicas, como sempre. Lhe sou muito grato Leandro!
Obrigado Luciano
Leandro boa tarde, não sei se já foi publicado algum tema relacionado a Analise Fundamentalista das Empresas, quais principais indicadores etcs. se não poderia no futuro publicar um artigo? Desde já agradeço sua preciosa atenção e dedicação. Abraço
Talvez escreva sobre isso no futuro. Como já falei, noto um grande desinteresse da audiência que visita o Clube dos Poupadores quando o assunto são investimentos em ações.
Reitero o pedido do Clayton. Estou dando os passos iniciais na bolsa e seria muito interessante ler um artigo seu sobre Ánálise Fundamentalista.
Olá, Leandro.Ótimo artigo.Leandro, estou investindo todos os meses no titulo público IPCA 2045 para a minha aposentadoria.Porém, vi um artigo de um investidor dizendo que acha arriscado investir em títulos públicos com vencimentos muito longos, porque nosso país é muito instável.Você acha que é muito inseguro investir em um título com vencimento para 2045?
Oi Suelen. Usando esse argumento de que vivemos em um país instável você deve considerar que todos os investimentos que existem são inseguros. A instabilidade econômica e até política torna até a nossa vida uma atividade arriscada. Um trabalho assalariado é uma fonte de renda muito arriscada se você pensar no longo prazo em um país instável. Até mesmo confiar em um emprego público em um país assim seria arriscado. Diante disso você pode investir parte do que possui em investimentos de maior risco e outra parte em investimentos de menor risco que seriam aqueles que você pode sacar a qualquer momento.
Verdade.Obrigada por tirar essa dúvida.Também quero agradecer por todos os seus ensinamentos.Comecei a ler os seus artigos há um tempo e estou investindo nos títulos públicos, e vou começar a investir em ações.Graças a seus ensinamentos, meu marido e eu conseguimos comprar nossa casa sem precisar de financiamentos.Apenas com disciplina financeira, conseguimos comprá-la sem precisar dos bancos.Além disso, conseguimos reformá-la graças ao dinheiro que investimos há alguns anos na Selic.Então, eu te agradeço muito por compartilhar tantas informações valiosas que têm nos ajudado muito!
Parabéns Suelen!
Excelente artigo, Leandro. Aguardo mais subsídios para poder começar a investir em fundos imobiliários. Essa fórmula para saber se a cota está sendo negociada com deságio eu não conhecia, mas vou começar a fazer esse exercício com maior frequência antes de investir.
Obrigado Raphael
Belo texto, Leandro.
Muito bom poder ver essa sua interpretação.
Em relação a FIIs, gostaria de saber se você concorda com a análise feita no seguinte vídeo:
Saudações
Oi Robson, foi exatamente isso que tentei mostrar nesse artigo. Observe os gráficos. Quando a taxa Selic estava no topo, e ninguém quer saber dos fundos, eles atingem seus preços mais atrativos. O mesmo acontece com as ações na bolsa de valores. Quando a taxa Selic atinge o fundo do poço, temos o contrário. Apaguei o link do vídeo, pois em 2018 esse autor fechou parceria com um grande banco e já começou a produzir conteúdos para ele. É mais um educador financeiro patrocinado por bancos.
Lembrando que caso tenha lucro na venda do FII por qualquer valor, deve-se pagar imposto. É diferente das ações que é isento até de 20 mil para não pagar.
Oi Ricardo. Somente os proventos são isentos de IR. O ganho de capital na venda das cotas não é isenta e quem precisa reconhecer o imposto é o próprio investidor.
Excelente artigo e atitude ! Parabéns Sr. Leandro pela iniciativa, adorei o que disse : que conhecimento é uma riqueza que se multiplica quando dividida… é por aí mesmo que se vira a chave do Mind Set vencedor.
Obrigado Mônica
Parabéns, Leandro. Mais um ótimo artigo.
Obrigado Orlano
Como sempre seus artigos são de uma qualidade ímpar, sensacional mestre! O sr pretende escrever sobre crowdfunding futuramente?
Oi Millor, não tenho planos de escrever no momento, mas posso escrever no futuro.
Mais um excelente artigo, otina recomendação sobre o Clube FII, realmente a plataformas bem didática e simples. Dessa parceria vai surgir coisa boa. Sobre a restrição nos comentários pode restringir para 200 caractere, se for para produzir conteúdo para o site 😀
Obrigado Rhayan
Ótimo artigo Leandro! Parabéns.
Uma dúvida. Posso calcular Dividend yield em relação ao preço médio das minhas cotas?
Obrigado
Sim, podemos fazer esses e outros cálculos
Ótimo artigo Leandro!
Parabéns!
Obrigado Jônatas
Agradeço por este artigo bem didático e de simples compreensão, que aborda um assunto muito interessante …
Abraço,
Laurence / PORTO ALEGRE – RS
Obrigado Laurence
Muito obrigado, Leandro!!! Abraço!!!!
Por nada!